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O Bom Selvagem

by Dom Bugre

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    O álbum O Bom Selvagem, de Dom Bugre (DMB), será lançado dia 10 de outubro de 2021 em todas as plataformas musicais e apresenta como destaque a faixa Bugre Poderoso. A música traz uma levada dançante que remete ao Carimbó, ritmo amazônico muito difundido no norte do Brasil, mas que já se alastrou por outras regiões. O tema central da música é o Bugre, personagem que configura um tipo de pessoa que é vista de forma inferiorizada pela sociedade. O Bugre, é considerado “o sem alma, o selvagem, o zé ninguém” que traz consigo heranças indígenas, mas que na verdade pode ser qualquer pessoa que é inferiorizada pela sociedade. Dessa forma, Bugre Poderoso, mostra que o Bugre nunca morre e que ele sempre irá se levantar contra esses estigmas sociais, de forma poderosa contra seus opositores. Bugre Poderoso representa a indignação e a força daqueles que tem seus modos de existências incessantemente confiscados. Mais do que de pessoas ou grupos, Bugre Poderoso trata de lutas. E lutas não morrem.

    O disco O Bom Selvagem, mescla de forma simples e despretensiosa, vários ritmos em cada uma de suas faixas, caminhando entre as levadas do rock, funk, hip hop, Carimbó, baião e até mesmo o punk, que é remetido na faixa 12, MS Burn.
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1.
Todo mundo é boi. Todo mundo é boi. Todo mundo é boi. Todo mundo é boi. Eh, boi Todo mundo é boi. Todo mundo é boi. Todo mundo é boi. Todo mundo é boi. Eh, boi
2.
O sol queima a retina como espinho venenoso O mato cresce e engrossa e gente morre o tempo todo Cada rolê, cada função É uma odisseia no espaço urbano Subjetivando a manutenção adequada na sagrada sanidade mental Toda a correria visa sempre a sobrevida Todo tempo, todo mundo invade uma bastilha Whats going on? Whats going on? Whats going on? Whats going on? Chupando a pastilha o PM ajeita o coldre. O medo da desordem atinge sempre que não soube, se virar, pra procurar, pra encarar, pra desarmar a bomba H Invariavelmente a vida exige sapiência, paciência, uma dose de ciência. Tem que ser MacGiver pra escapar dessa prisão sem muro vigiada incessantemente por gente descente fiscal da conduta geral com uma arma engatilhada e o dedo tremulante e o estrabismo moral pra enquadrar qualquer passante Whats going on? Whats going on? Whats going on? Whats going on? A sociedade organizada contra toda indiferença Raça, credo, afeto, casa corpo, ideia e renda Entenda, já dizia Kieslowiski A fraternidade é vermelha A velha ideia clara em evidencia Nesse prédio não tem saída de emergência
3.
A cena 02:38
A cena que obriga o camarada ir pra briga, obrigado. Mas ninguém aqui é gado. Não sou agregado, não sou obrigado a ser grato. Pelo seu agrado A cena que obriga o camarada ir pra briga, obrigado Isso é fato eu vim do mato onde o calibre é valorizado. Não tem espaço e é podado. Quem não se encaixa no quadrado. A cena que obriga o camarada ir pra briga, obrigado. Mas ninguém aqui é gado. Não sou agregado, não sou obrigado a ser grato. Pelo seu agrado Você sorri cheio de dentes. Condescendente, com o extermínio de quem é diferente. Tribos sem descendentes. E dão espaço pros pastos e campos pra sementes, campos pra sementes, campos pra sementes Lara larararara la larara larararararara la lara Lara larararara la larara larararararara la lara Onde o caráter se mede por hectare. O ruminante é o dominante. Onde a soja viceja os verdes campos é aqui no matão. Onde o caráter se mede por hectare. O ruminante é o dominante é aqui no matão Camionete e caminhão A cena que obriga o camarada ir pra briga, obrigado. Mas ninguém aqui é gado. Não sou agregado, não sou obrigado a ser grato. Pelo seu agrado
4.
Galdino 01:49
5.
Todos contra parede Nessa cidade outro refém, contra parede Onde não cabe mais ninguém, contra parede Do pé da base ao alto escalão cheque mate babylon Todos contra parede Nessa cidade outro refém, contra parede Onde não cabe mais ninguém, contra parede Do pé da base ao alto escalão cheque mate babylon Eu quero ver quem vai ser o ginete do dragão que cospe fogo e quer te jogar no chão Que te dá asas mas o voo é ilusão Te dá o gosto mais o doce é do patrão (cheque mate maladrão) Todos contra parede Nessa cidade outro refém, contra parede Onde não cabe mais ninguém, contra parede Do pé da base ao alto escalão cheque mate babylon eu disse Todos contra parede Nessa cidade outro refém, contra parede Onde não cabe mais ninguém, contra parede Do pé da base ao alto escalão cheque mate babylon Vida suave a gente deixa pro loques Que não aguenta a enxada mas quer dar o bote O Face é lindo mas não mostra o mote Sabe se quando dorme cedo chegasse primeiro ao pote Mas não é nada garantido que o final é feliz Sabe se bem que essa estrada sempre está por um triz E essa viagem de busão pode deixar cicatriz Pois doze horas de ida e volta não é trabalhado de miss Corra que o busão já vem, CORRA Corra que o leão também, CORRA Corra que o busão já vem Do pé da base ao alto escalão cheque mate Babylon, eu disse Corra que o busão já vem, CORRA Corra que o leão também, CORRA Corra que o busão já vem Do pé da base ao alto escalão São várias histórias vazias vagas de vitórias na boca de quem conta nunca tem derrota O caminho de volta é serventia da casa fica na direita pra não atrapalhar a massa Essa cidade parece de "Durepox" Que de remendo em remendo arremedou o Ox E essa biqueira pega tudo que é lóque Levando pras esquinas os caras que aguentam o choque Corra que o busão já vem, CORRA Corra que o leão também, CORRA Corra que o busão já vem Do pé da base ao alto escalão cheque mate Babylon, eu disse Corra que o busão já vem, CORRA Corra que o leão também, CORRA Corra que o busão já vem Do pé da base ao alto escalão cheque mate Babylon Larara ha ha ha ha ra Larara ha ha ha ha ra
6.
Faço frete 04:04
Carrego aterro Desterros e mudanças Carrego aterro Desterros e mudanças Só não carrego, Não, carrego, não carrego você. Você! Areia demais pro meu caminhão. Areia demais pro meu caminhão. Areia demais pro meu caminhão. Eu faço frete, eu faço frete! Eu faço frete, eu faço frete! Eu faço frete, eu faço frete! Eu faço frete, eu faço frete! Na minha Kombi eu levo tudo prateleira e armário, banquinho, escrivaninha. Só não carrego você! Só não carrego você! Na minha Kombi eu levo tudo prateleira e armário, banquinho, escrivaninha. Só não carrego você! Só não carrego você! La Lararararara rara La Lararararara rara La Lararararara rara Carrego aterro Desterros e mudanças Carrego aterro Desterros e mudanças Só não carrego você! Areia demais pro meu caminhão. Areia demais pro meu caminhão. Areia demais pro meu caminhão. Eu faço frete, eu faço frete! Eu faço frete, eu faço frete! Eu faço frete, eu faço frete! Eu faço frete, eu faço frete! Na minha Kombi eu levo tudo prateleira e armário, banquinho, escrivaninha. Só não carrego você! Não carrego, não carrego, não carrego você. Na minha Kombi eu levo tudo prateleira e armário, banquinho, escrivaninha. Só não carrego você! Não carrego, não carrego, não carrego você. La Lararararara rara La Lararararara rara La Lararararara rara lara
7.
Eta Bugre sem alma Esse Bugre é poderoso Eles pensam que te matam Cê aparece de novo Eta Bugre sem alma Esse Bugre é poderoso Eles pensam que te matam Cê aparece de novo Na rua é pivete Caipora sou no mato Baiano na portaria Cidade sou laguarto Mendigo embaixo da ponte Um drão no meio pátio Na quebrada sou mais um negro Pro branco mais um capacho LERARAUERA Leraieraeraie LERARAUERA Leraieraeraie LERARAUERA Leraieraeraie LERARAUERA Leraieraeraie Eta Bugre sem alma Esse Bugre é poderoso Eles pensam que te matam Cê aparece de novo Eta Bugre sem alma Esse Bugre é poderoso Eles pensam que te matam Cê aparece de novo Mirado sou de morte Contando só com sorte Vivo triste, alegre ou morto na esquina ou no poste Uns passam e me olham Outros olham e não vê Sem nada nas minhas mãos Sem alma pra dar vender Eta Bugre! Eta Bugre sem alma Esse Bugre é poderoso Eles pensam que te matam Cê aparece de novo Eta Bugre sem alma Esse Bugre é poderoso Eles pensam que te matam Cê aparece de novo Assim me chamam de Bugre Sem menos entender Sem alma pra lavar E contas para acertar Reza pra chorar Que fé vai ter que ter No dia que eu cansar É melhor você correr LERARAUERA Leraieraeraie LERARAUERA Leraieraeraie LERARAUERA Leraieraeraie LERARAUERA Leraieraeraie Eta Bugre sem alma Esse Bugre é poderoso Eles pensam que te matam Cê aparece de novo Eta Bugre sem alma Esse Bugre é poderoso Eles pensam que te matam Cê aparece de novo
8.
Branco É a palma da minha mão Branco É a sola do meu pé Branco É o branco do meu olho Branco Meu cabelo vai ser branco O asfalto é preto A carne é preta Quando o Guarani, Kaiowa, Ianomâmi, Pataxó, resolver descer Quero ver o que vai acontecer LGBTQI+, negro, periferia, resolver descer Quero ver o que vai acontecer Dessa vez sem rima Karnak deu a letra, “alma não tem cor. Então por que eu sou branco?” Será que o importante é adiar o fim do mundo? Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Quando eu ficar, branco meu bem, eu vou acontecer Quando eu ficar, verde neném, se nem vai me reconhecer Não, não! Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson Macunaíma, Macunaíma, Macunaíma Jackson
9.
Zé da Silva 04:17
Seu Zé da Silva cumpre a vida Sol a sol Olha no céu chuva D’Agota que caiu É só saudade do sertão do Ceará É só lembrança do crescer do seu plantio Seu Zé Da’gota Olha o sol que rasga o chão Olha o trovão que vai cair do arranha-céu Que bom seria essa chuva no sertão E o sol nascia nessa torre de babel Seu Zé da silva cumpre a vida sol a sol Olha no céu estrela guia que seguiu É só saudade de qualquer outro lugar É só lembrança do que nunca existiu Seu Zé da gente Olhe o trovão rasgar o céu Olha de perto o sol nascer rachando o chão Que bom seria esse sol no arranha céu Que bom seria essa chuva no sertão Seu Zé da Silva cumpre a vida Sol a sol Olha no céu chuva D’Agota que caiu É só saudade do sertão do Ceará É só lembrança do crescer do seu plantio Seu Zé Da’gota Olha o sol que rasga o chão Olha o trovão que vai cair do arranha-céu Que bom seria essa chuva no sertão E o sol nascia nessa torre de babel Seu Zé da silva cumpre a vida sol a sol Olha no céu estrela guia que seguiu É só saudade de qualquer outro lugar É só lembrança do que nunca existiu Seu Zé da gente Olhe o trovão rasgar o céu Olha de perto o sol nascer rachando o chão Que bom seria esse sol no arranha céu Que bom seria essa chuva no sertão Seu zé da Silva, Seu Zé da Silva O meu sertão açoita o sol encobre a miséria. A violência afluiu Lágrima seca lá na cheia toca n'àgua e se apeia e some toda a aflição de quem partiu Seu zé da Silva, Seu Zé da Silva
10.
Oh, não me mate agora Que eu vi o clarão Não, me roube a alma. Que eu vi o vão! Nunca meu pé pisou tão firme E tão pesado Nesse chão Nunca meu pé pisou tão firme E tão pesado Nesse chão Eh, Se eu não tivesse fome Se eu não tivesse sede Se eu não tivesse sono E se eu fosse dono? E se eu fosse dono? E se eu fosse dono? E se eu fosse dono? Oh, não me tire a vida Não vou ficar no breu Vai, poupe minha sina Esse bem é meu! Nunca meu pé pisou tão firme E tão pesado nesse chão Nunca meu pé pisou tão firme E tão pesado nesse chão Eh, Se eu não tivesse fome Se eu não tivesse sede Se eu não tivesse sono E se eu fosse dono? E se eu fosse dono? E se eu fosse dono? E se eu fosse dono?
11.
Ninguém 03:22
Não é ninguém, sem nem Cego de sol e seco de chão Parece ninguém Sem nem, sem bem e sem vão Não é ninguém, sem nem Cego de sol e seco de chão Parece ninguém Sem nem, sem bem e sem vão Parece ninguém, parece ninguém Sem nem, sem bem, sem nem, sem vem, sem vão. Parece ninguém, parece ninguém Sem nem, sem bem, sem nem, sem vem, sem vão. Nem bem se vê quem vem. Se bem que há, quem vai sem bem saber quem é! Nem bem se vê quem vem. Se bem que há, quem vai sem bem saber quem é! Parece ninguém, parece ninguém Sem nem, sem bem, sem nem, sem vem, sem cão Parece ninguém, parece niguém Sem nem, sem bem, sem nem, sem vem, sem cão
12.
MS Burn 02:36
Burn MS burn, burn Turn MS burn, burn, burn Burn MS burn, burn Turn MS burn E tá na cara que esse boi tá bombado, louco Tá na cara que é trangenicado, é! E assim a arroba deles vão ficando mais alta É riqueza pros deles, miséria pros nossos Não quero saber temos que entrar nesse negócio. Neguim tá tendo um troço. Neguim tá tendo um troço! Burn MS burn, burn Turn MS burn, burn, burn Burn MS burn, burn Turn MS burn Tá na cara que essa terra é de bugre, véio! Teu império em cima de sangue nativo. É! E assim a arroba dele vai ficando mais alta É riqueza pros deles. Miséria pros nossos! Não quero saber, temos que entrar nesse negócio. Neguim tá tendo um troço, Neguim tá tendo um troço Burn MS burn, burn Turn MS burn, burn, burn Burn MS burn, burn Turn MS burn

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released October 10, 2021

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Dom Bugre São Raimundo Nonato, Brazil

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